quinta-feira, 3 de maio de 2007

Os Mandruvás saem de Férias

Era verão, todos na praia se divertindo com seus corpos flácidos e brancos. Uns e outros corriam pelas areias escaldantes que refletiam o sol como se purpurinadas.
Os vendedores vestidos de Teletubies fediam além da compreensão.... seus algodões doces já não mais existiam, haviam dissolvido.
A família era honesta, formada por Hernandes, o pai, Clarice a mãe, Juanes o filho e Ximbita a filha.
A porção de porquinho havia chegado como de costume, com o papel enxarcado em óleo, óleo este que já fritara o tataravô daquele mesmo porquinho.
Todos dançavam como se comemorassem algo, como sinal de vitória.
Aquela música continha sons metálicos e a fonética chegava a ser espacial, girando e dando voltas, e o metal, e a percursão, metal, percursão, tum...bum...pá.....
Hernandes vai ao mar e descobre que já não mais poderia usar a sunga do verão passado. Sua barriga gelatinosa coberta com uma capa de pêlos negros, enojava uma gorda que tomava sorvete em outro guarda sol. Seus dedos gordos estavam ja lambuzados com o mesmo sorvete.
Hernandes cospe.
Clarice não passava de uma mãe comum, que tinha seus segredos de infância, e que ao que parecia natural, Ximbita estava encaminhada pelos genes. Coxas largas, ancas pretuberantes, uma beleza rústica sem igual. Poderia ser facilmente confundida com um rinoceronte.
O menino já não era um caso perdido, mas sim nem nunca havia existido um caso. Um traste, algo que nunca acrescentou nada no mundo e nem na sociedade. Uma pilha de ossos e carne ambulante.
Tudo estava para mudar......
Foi na caipirinha que o espaço-tempo sofreu um enlace....
continua.....

0 comentários: